Alma Novaes
Ghosts
De ti
a viva lembrança de sentar
olhando o vazio
do oceano imenso. Metálico
Pose de Deus e de Rodin.
E de um largo de dúvidas intenso
O nós, liga de aço duro e frio.
Estático.
Entre o vento da tarde e
o sorriso de qualquer estranho
figura na memória do agora
a crença numa "só nossa" verdade
esganada. Em fonemas.
Esse nosso élan; e todos os nossos dilemas
O falecido, sentado ao meu lado.
O amor como o cimbalino, inteiro e crú.
E curto.
O açucar na tua boca quando me soletras
o nome de todas as coisas
que não soubemos manter.
Do espírito critico agudo.
E as vagas que regressam espumosas,
fulgor vigoroso da tua pose e de uma certeza ida,
A nossa vida.
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