Kristen Bell & Santino Fontana

Mind your business

Hoje fui a um funeral de família. O meu primo, Luís Alberto, partiu, de enfarte de miocárdio fulminante. Estava em Braga e de partida para as férias. Merecidas. Era um trabalhador exímio do Pingo Doce, um colega e amigo dedicado. Lamento a perda, sobretudo pela mãe que perde o seu segundo filho e continua viva, pelo pai e irmã. Não me dói a partida dele, sei que o meu doce primo está na luz, no amor, em grande companhia. Alguma coisa o apoquentava. Partiu. Tinha 52 anos feitos no dia 29 de Maio, a semana passada, portanto. Os anjos são sem idade. Era humilde, amigo dos seus amigos, um homem íntegro e inteiro. Um filho de Deus, também ele um deus menor. Fiquei numa dor dual. Contente pela sua libertação e triste pela namorada, pelos seus amigos e família chegada. O resto são histórias. A malta do Pingo Doce de Lousada veio em homenagem a ele, em peso, com balões brancos e todos bateram palmas na sua partida. Um doce. Anda tanta gente fake (perdoem o estrangeirismo) e má, por cá e Deus nada quer com eles. O céu podia esperar, mas os anjos têm muita força. E são eles que vão para outras missões luminosas, e antes das próximas missões vão lá beber amor e luz. É uma libertação. Deus é generoso. Com todos. 

Tive um bate-boca no pós-funeral com gente que a minha mãe diz serem familiares meus. Não são. São familiares dela. Os meus, eu escolho. Vinham dar-me recados, apenas porque não as cumprimentei. Não sou hipócrita e nunca vou ser. Quando não gosto das pessoas (eu não gosto de todas as pessoas, só de algumas), ceifo. E apesar da saúde da minha mãe estar periclitante, não as poupei. A desacatarem-me na frente de outros familiares que respeito. Sim, eu gosto muito dos irmãos da minha mãe, mas não dos filhos dos irmãos da minha mãe. E quando não gosto, eles sabem. Não cumprimento de beijo. Como dizia a minha sogra e amiga: Quem beija os meus filhos, a minha boca adoça! Todos os outros estão dependentes da minha avaliação sobre o seu carácter. E a meu ver, carácter nenhum. Mas não as desacatei, como me fizeram a mim. E vai disto, Evaristo. Quem não quiser ser lobo, não lhe vista a pele. 

Na sociedade em que vivemos, em Portugal, e extrapolo para o resto do mundo (sim, eu leio sobre a porra das guerras no mundo e não existe só na Ucrânia - acordem), em que o verniz é a pele que se mostra, a hipocrisia grassa, vejo animais e plantas que respeito muito, mesmo muito. Não foram só os mais velhos que construíram esta sociedade pré-histórica. Tu és o que mostras ter. Tu não és isso. O que tens não existe. Tu és quem se apropria disso para dizer eu sou. Sempre fui generosa e dedicada às pessoas. A bombeira de serviço reformou-se. Agora, avalio bem antes de me relacionar com as ditas personas. E o machado chama-se reciprocidade. Deixei de ser a otária e passei a ter mau feitio. Cada um tem de mim o que merece. A Alzira respira e transpira verdade. A Cristina também. Cada um colhe de mim o que merece e na maioria das vezes, é um Ignore. 

Não sou apologista de guerra e nem de violência, ao contrário. Somos todos irmãos, mas há irmãos que são ladrões, vigaristas, fraudulentos, hipócritas, mascarados e esses vão aprender a respeitar-me. Porque o meu sorriso não é para qualquer um.  A hipocrisia, a mentira, a falácia, concorrem para nos provocar transtornos mentais, emocionais e é hora de gritar a nossa verdade. Não querem o meu desprezo, não o provoquem. Cada um dá o que tem. O outro é o outro. Não gosto de injustiças e nem de miserabilismos. Touché en garde.

Deus já me provou que sou boa pessoa. E é Ele o único a quem devo satisfações. Não me venham com tangas! É pró lado que durmo melhor. E isto faz um bem danado! Deitar fora. Não importa que não tenha amigos de carne e osso. Prefiro não ter o que não é real. E ainda sou eu que faço as minhas escolhas! A ceifa começou! Não vi sítio melhor do que o meu blog, Regressões, para passar a palavra. Quem sabe, isto serve para dar força a quem sente e pensa da mesma maneira?

Cuidem da vossa saúde mental, do vosso bem-estar e preocupem-se menos com a vida dos outros. Eles sempre estarão por perto, adorando ver quando estás mal. Miseráveis!

Laisser faire, laissez passez.









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